Algas
Não apresentam qualquer perigo para o homem, prejudicando apenas a estética da água. No entanto, elas transportam matérias orgânicas que absorvem os produtos desinfetantes. Consomem gás carbónico, que é ácido, e por reacção o pH aumenta. Agarram-se geralmente às juntas dos azulejos e, uma vez que estejam bem desenvolvidas, são muito difíceis a eliminar. O seu aparecimento demonstra uma insuficiência de desinfecção, mas o recíproco não é verdadeiro.
Anticalcário
Permite eliminar os depósitos de calcário que entopem as canalizações e alimentam as algas.
As substâncias oxidáveis
É o teor em matérias orgânicas. Deve ser o mais baixo possível, geralmente inferior a 5 mg/l de O2 e se possível próximo de 1 mg/l para evitar consumir o produto de desinfecção.
Bactérias
O mais frequente é que sejam emitidas pelos utilizadores. O risco de infeção vem essencialmente dos estafilococos patogénicos da esfera ORL. São emitidas na água envolvidas em mucosidades que as protegem dos desinfetantes. Encontram-se concentradas na camada superficial da água e é a limpeza da superfície pelas caleiras que permite eliminá-las.
Boletim sanitário
Documento obrigatório para a gestão de uma piscina colectiva, este boletim reúne todos os elementos quotidianos associados à vida da piscina (ciclos de filtração, temperatura da água, pH, teor em desinfectante, etc.).
Bromo
Oxidante da família dos halogénios, tal como o cloro, que permite a desinfecção. Extraído da água do mar ou de fontes salinas, o bromo é menos agressivo para a pele, os olhos e os cabelos do que o cloro. É menos sensível ao pH e conservará toda a sua eficácia até um pH de 7,8. Recomendado, nomeadamente, para as piscinas aquecidas onde a temperatura favorece a elevação do pH.
Cloração de choque
É uma ação complementar sobre a água correspondente a uma sobredesinfeção. Uma cloração de choque permite prevenir a acumulação de contaminantes, otimizar a ação do desinfetante, minimizar a taxa de cloraminas e melhorar a limpidez da água, para isso, é preciso utilizar cloro choque ou bromo choque, procurando ajustar o pH consoante o tratamento (ideal de 7,2 a 7,4 para o cloro e 7,2 a 7,8 para o bromo).
Cloreto de sódio
É o sal que se põe na água e que por eletrólise se transforma em hipoclorito de sódio e permite, assim, a desinfeção da piscina. O sal tem que estar o mais puro possível, para não danificar prematuramente o eléctrodo ou manchar o liner.
Cloro activo
É o cloro disponível para a desinfecção, depende do pH. Ex.: com um pH de 7,2, o cloro é activo a 70 %. Com um pH de 7,8, ele apenas está disponível a 30 %.
Cloro combinado
É o resultado da ação destruidora do cloro sobre os componentes que ele agride por oxidação, Chama-se também cloramina. Não está ativo sobre os microorganismos a tratar. Apenas um tratamento de choque regular permite reduzir o cloro combinado e tornar o cloro de novo ativo de modo suficiente.
Cloro inorgânico
É um cloro desprovido de ácido cianúrico ou estabilizante.
Cloro total
É a adição do cloro livre e do cloro combinado. O cloro total e cloro livre podem ser medidos com a ajuda de tiras de teste Aquachek Silver.
Efeito tampão
Indispensável para evitar variações de pH demasiado significativas, o efeito tampão é obtido com um TAC bem ajustado.
Floculante
Sulfato de alumina ou ferro que permita aglutinar as micropartículas presentes na água, para que elas sejam retidas pela filtração. Melhora, deste modo, a fineza da filtração. Desaconselhada para os filtros de diatomite. Trata-se do ACTI Floculante ou FLOVIL.
Matérias em suspensão (MES)
A água de uma piscina deve contê-las o menos possível.
Oxigénio activo
Oxidante desinfetante contido em produtos como o peróxido de hidrogénio ou monopersulfato de potássio. Muito ativo contra os microrganismos, não tem, no entanto, ação remanescente. De ser utilizado em combinação com um outro produto, chamado ativador, que permite uma manutenção do tratamento.
Parasitas (fungos e amibas)
O risco principal associado aos fungos é uma micose interdigital cuja transmissão se faz pelos solos e os bancos de madeira. O risco devido às amibas é muito raro, mas é preciso referir que a possível transmissão de uma variedade de amibas provocam meningoencefalites amibianas primitivas geralmente mortais. A água quente favorece o crescimento das amibas.
Pastilhas DPD
Mala de análise que permite verificar se o cloro presente na água é um cloro ativo ou não. As DPD N.º 1 determinam o cloro livre, as DPD N.º 2, as monocloraminas; as DPD N.º 3, as di e tricloraminas e as DPD N.º 4, o cloro total (ativo + reserva + cloraminas). Apenas as pastilhas DPD N.º 1 são úteis para as piscinas privadas.
pH ou potencial de hidrogénio
Permite determinar o grau de acidez ou alcalinidade na água. É habitualmente preconizada manutenção do pH entre 7,2 e 7,4. Um pH superior a 7,8 provoque incrustações de material e desconforto dos utilizadores, pois é agressivo para a pele, e o desenvolvimento de bactérias e algas que se alimentam do calcário e magnésio. Um pH ácido inferior a 7 provoca corrosões. O pH mede-se através de um aparelho de teste electrónico, como tiras de teste Aquachek, por exemplo.
PHMB
Polímero Hexametileno Biguanidina Bactericida: algicida que possui um poder floculante. A sua ação deve ser combinada com um oxidante como o peróxido de hidrogénio. A utilização do PHMB num tanque clorado necessita, previamente, a neutralização do cloro (com ACTI Stop). Inversamente, um tanque tratado com PHMB que vai passar para cloro necessita do esvaziamento completo do tanque.
Potencial de hidrogénio (pH)
Deve estar compreendido entre 6,9 e 8,2, sendo o ideal 7,4 (pH médio do líquido lacrimal).
Ppm
Trata-se da abreviação de parte por milhões, é uma norma de medida para as diferentes taxas. Na verdade, corresponde a mg/l ou g por m3.
Título alcalimétrico completo (TAC)
Na água de uma piscina, é o teor em bicarbonato. Representa o poder tampão da água. Uma água com um TAC baixo sofrerá fortes variações de pH. O valor certo situa-se entre 10°F e 30°F. Em geral, o TAC é ligeiramente superior ao TH.
Título hidrotimétrico (TH)
A dureza da água situa-se idealmente entre 10°F e 20°F.
Vírus
Na água, o risco de transmissão de vírus é quase nulo (eles não se reproduzem na água e são, em geral, rapidamente destruídos pelos desinfetantes). O risco principal está associado ao vírus das verrugas plantares (vírus do papiloma) transmitido pelos solos acessíveis aos utilizadores de pés nus (praias, balneários e duches).